O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse durante debate na tarde desta quarta-feira, 14, no Fórum Econômico Mundial, que é muito difícil um governo conseguir avançar com a reforma da Previdência em seu último ano de mandato. Esta é uma reforma para ser feita no primeiro ano de governo, disse ele ao falar da necessidade de o Brasil avançar na agenda de medidas para crescer de forma sustentada e melhorar as contas fiscais.
“Há uma lista de reformas que precisam ser feitas”, disse Alckmin, pré-candidato à Presidência da República, no debate. O governador mencionou que defende a reforma política, a tributária, além das mudanças na Previdência. “O Brasil precisa se tornar mais competitivo.”
Ao falar da necessidade de reforma política, Alckmin ressaltou que o Brasil tem inúmeros partidos, mas ao mesmo tempo mais de 20 milhões de pessoas não foram votar nas últimas eleições, apesar de o voto ser obrigatório no Brasil. Ainda no debate, ao falar da necessidade de reforma política, ele mencionou a frase do ex-governador Mario Covas, de que o povo erra, mas menos que as elites.
No lado fiscal, Alckmin defendeu que é preciso reduzir o déficit primário e transformá-lo em um superávit. O Brasil tem indicadores fiscais muito ruins e é necessário melhorar as contas públicas. Para isso, a reforma da Previdência é essencial, mas Alckmin ressaltou que o texto requer maioria absoluta dos votos na Câmara, por ser uma mudança constitucional, e é difícil avançar com um texto assim no ano final de um governo. “Esse tipo de reforma deve ser feito no primeiro ano de governo.”
Estadão Conteúdo