Aprovação não tranquiliza governo

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O Palácio do Planalto tem dividido as atenções e os esforços nas articulações, na tentativa de garantir a aprovação das polêmicas reformas da Previdência e trabalhista. Apesar de as resistências em relação às mudanças na Previdência representarem uma preocupação, já que o governo ainda não conta com os 308 votos necessários para o aval no plenário da Câmara dos Deputados, as alterações nas legislações trabalhistas, já aprovadas pela Casa, não estão garantidas nos termos estabelecidos pelos deputados federais.

No Senado, há discordâncias em relação ao texto aprovado, e qualquer mudança promovida pelos senadores obrigará a proposta a passar por nova análise na Câmara dos Deputados. O governo, então, busca alternativas para minimizar resistências e, paralelamente, evitar a necessidade de nova votação pela Câmara, já que a aprovação por lá não significa que se repetirá um placar diferente do inicial, favorável ao Planalto. Uma das alternativas em discussão seria manter o texto e aplicar as mudanças exigidas por senadores por meio da edição de medidas provisórias. A estratégia, no entanto, já enfrenta resistências.

Hoje, o Senado realiza, com a presença de especialistas contra e a favor do projeto, a segunda sessão temática sobre a reforma trabalhista, que é uma das etapas obrigatórias de tramitação que precisa ser cumprida antes da votação pelo plenário. A sessão será interativa, com a possibilidade de participação popular.

 

Fonte: Taline Oppitz/CP


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