Com RS em 7º lugar, CLP detalha ao Piratini o Ranking de Competitividade dos Estados 2019

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Para Leite, dados reforçam que o governo trabalha na direção correta, especialmente com a reforma estrutural em discussão – Foto: Itamar Aguiar / Palácio Piratini

O Galpão Crioulo do Palácio Piratini sediou, nesta segunda-feira (9/12), uma apresentação personalizada do cenário gaúcho do Ranking de Competitividade dos Estados 2019. Produzido pelo CLP – Liderança Pública, o levantamento analisa as 27 unidades federativas sob a ótica de 69 indicadores, distribuídos por 10 pilares fundamentais para a eficiência da gestão pública: sustentabilidade ambiental, capital humano, educação, eficiência da máquina pública, infraestrutura, inovação, potencial de mercado, solidez fiscal, segurança pública e sustentabilidade social.

O Rio Grande do Sul ficou em sétimo lugar no ranking geral – duas posições abaixo em relação ao ano anterior. Com detalhamento feito pelo gerente de Competitividade do CLP, José Henrique Nascimento, e líder de Competitividade, Lucas Cepeda, o governador Eduardo Leite, secretários e diretores de instituições estatais puderam entender onde o Estado está se destacando, como o setor de inovação, e  quais seus maiores desafios, sendo a situação fiscal o principal deles. 

• RS foi destaque em: inovação (2ª colocação), eficiência da máquina pública (2ª), sustentabilidade social (3ª) e segurança pública (5ª)
• RS tem como principais desafios: educação (11º lugar), sustentabilidade social (12º), capital humano (15º), potencial de mercado (15º), infraestrutura (18º) e solidez fiscal (27º)

Conforme Nascimento, o RS tem um PIB alto na média nacional, mas a baixa capacidade de investimento (2,92% da RCL), o déficit primário e nominal, somado à baixa solvência fiscal, ao elevado gasto com pessoal (104% da RCL) e à baixa capacidade de poupança, fazem o Estado ocupar a última colocação no ranking no pilar Solidez fiscal.

O governador agradeceu ao CLP pelo trabalho e pela apresentação detalhada. “A apresentação reforça nossas convicções e mostra que estamos trabalhando na direção correta, principalmente com a reforma estrutural que está em discussão, porque estamos atacando aquilo em que estamos pior colocados em todo o país”, destacou Leite.

Neste sentido, a aprovação das mudanças já encaminhadas pelo governo à Assembleia Legislativa representará 15% de redução do déficit previdenciário em 10 anos.

O Ranking é uma ferramenta que avalia o desempenho dos governos estaduais e auxilia os líderes públicos a diagnosticar e elencar prioridades de gestão. Desde seu início, em 2011, conta com o apoio técnico da Economist Intelligence Unit e, desde 2015, passou a ter a colaboração da Tendências Consultoria Integrada.

Neste sentido, novas reuniões estão agendadas da equipe do CLP com as secretarias de Governança e Gestão Estratégia e de Planejamento, Orçamento e Gestão. “Essa ferramenta (o ranking) vai ajudar o governo nas diversas frentes da sua atuação na busca por melhorias e oferecer melhor qualidade de vida à população. Poderemos alinhar nossa estratégia e fazer as eventuais correções de rumos necessárias. Com esses dados em mãos, temos, agora, de fazer a lição de casa”, complementou o governador.

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Leany lembrou que o Estado já leva em conta os dados do ranking de competitividade para traçar diagnóstico e metas da gestão – Foto: Itamar Aguiar / Palácio Piratini

A secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão, Leany Lemos, explicou que as informações do ranking de competitividade já são consideradas. “O monitoramento das ações internas é fundamental para sabermos se as nossas medidas estão tendo o resultado desejado e que, daqui a três anos, tenhamos deixado um legado de mudança no Estado”, afirmou Leany.

RANKING 2019

Assim como na edição anterior, São Paulo segue na primeira colocação no Ranking de Competitividade dos Estados. Da mesma forma, Santa Catarina permaneceu na segunda posição, Distrito Federal, na terceira e Paraná, na quarta.

As unidades federativas do Sudeste, Sul e Centro-Oeste concentram-se na metade superior do ranking, com os Estados do Norte e Nordeste ocupando as últimas posições. Se destacaram as seguintes UFs, por terem sido as que mais ganharam posições em relação à edição de 2018: Rio Grande do Norte, Pernambuco, Rio de Janeiro e Sergipe.

A lista completa:

1º São Paulo
2º Santa Catarina
3º Distrito Federal
4º Paraná
5º Mato Grosso do Sul +2
6º Espírito Santo +2
7º Rio Grande do Sul 
8º Minas Gerais
9º Mato Grosso +2
10º Rio de Janeiro +3
11º Paraíba
12º Ceará
13º Goiás
14º Alagoas +2
15º Rio Grande do Norte +5
16º Amazonas +1
17º Pernambuco +4
18º Rondônia
19º Tocantins
20º Bahia +2
21º Roraima
22º Sergipe +3
23º Piauí
24º Amapá
25º Pará
26º Maranhão
27º Acre

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José Henrique Nascimento, do CLP, detalhou os dados do ranking que coloca o RS na última posição em Solidez fiscal – Foto: Itamar Aguiar / Palácio Piratini

POSIÇÃO DO RS EM RELAÇÃO À EDIÇÃO 2018:

Ranking geral

▼ Caiu 2 posições (7ª colocação)

Em cada pilar:

▼ -4 em Infraestrutura (18ª colocação)
▼ -1 em Sustentabilidade Social ( colocação)
▲ +3 em Segurança Pública ( colocação)
▼ -3 em Educação (11ª colocação)
▼ -2 em Solidez Fiscal (27ª colocação)
▼ -1 em Eficiência da Máquina Pública ( colocação)
▼ -1 em Capital Humano (15ª colocação)
▼ -2 em Sustentabilidade Ambiental (12ª colocação)
▲ +10 em Potencial de Mercado (15ª colocação)
 ■ em Inovação ( colocação)

Acesse aqui os dados completos apresentados pelo CLP – Liderança Pública. 

Texto: Vanessa Kannenberg
Edição: Patrícia Specht/Secom


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