Diego Souza Mendonça obteve o CIA – Certified Internal Auditor (Auditor Interno Certificado), que confere ao profissional a única designação internacionalmente reconhecida em auditoria interna. Razão pela qual, a certificação concedida pelo The Institute of Internal Auditors (The IIA) é considerada um instrumento atestador de competência e habilidade. Para obter a designação, um auditor com formação superior deve comprovar no mínimo dois anos de experiência em auditoria interna e ser aprovado nos três exames do programa, que compreende a resolução de um total de 325 questões sobre Princípios e Prática de Auditoria Interna e Conhecimento de Negócios para Auditoria Interna.
“Fico feliz em ser o primeiro a obter a designação, mas não quero ser o único. O esforço é grande, mas vale a pena”, disse Diego, que encarou cerca de dois anos e meio de preparação até a conquista. De acordo com o auditor, a confiança para encarar as provas veio após um período de muita leitura da bibliografia recomendada, de estudos com base no material preparatório (Wiley) e da resolução de simulados. “Realizei o primeiro exame em setembro de 2020, o segundo em dezembro daquele ano e finalmente o terceiro, agora, em 5 de maio. Felizmente fui aprovado na primeira tentativa em todos”.
Para ter êxito nas três etapas do programa, o candidato à certificação precisa dominar a Estrutura Internacional de Práticas Profissionais – IPPF e as técnicas de gerenciamento e condução da auditoria interna. Também é indispensável, ressaltou Diego, conhecimento em governança corporativa, gestão de riscos, controle interno, prevenção e investigação de fraude, segurança e tecnologia da informação, análise de dados e conhecimentos de negócios.
Para o contador e auditor-geral do Estado Rogerio Meira, a obtenção dessa certificação, além de um meritório feito pessoal, representa uma enorme conquista para a Cage, uma vez que esta passa a dispor de profissional habilitado pela mais importante instituição internacional a prover padrões para o desempenho da auditoria interna: The IIA. Meira considera que o esforço do colega, além de propiciar ao Órgão deter o pleno domínio das melhores práticas internacionalmente reconhecidas, já surte efeitos, tais como a elaboração do Manual de Auditoria – Políticas e Procedimentos, publicado em 2020. Aproveita para reafirmar que a Cage deve continuar estimulando o seu corpo técnico a se especializar em todos os temas de interesse do controle interno do Estado.
“Em relação ao meu futuro profissional, tenho expectativa de continuar contribuindo para a modernização da função de auditoria interna do Estado, buscando um alinhamento às práticas internacionais e elevando-a a um patamar mais elevado de efetividade, profissionalismo e protagonismo”. Diego ressaltou a importância do incentivo da gestão da Cage, sobretudo a prática do reconhecimento e a política de reembolso dos valores investidos na preparação e no programa. “Tudo o que se aprende no processo é da mais alta relevância para nossa atividade profissional. É o caminho para colocar a Cage no topo”, avaliou.
Prestes a completar sete anos na Cage, tendo passado pela Divisão de Informações Estratégicas (antiga DCC) e pela Divisão de Controle da Administração Direta (DCD), desde 2017, Diego desempenha suas atividades na Divisão de Controle da Administração Indireta (DCI). Graduado em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), tem MBA em Gestão: Business Process pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O chefe da DCI Eduardo de Oliveira Garcia agradeceu o esforço do auditor da Cage no transcorrer de todo o processo da “principal certificação para auditores internos”, cuja designação é recomendada a estes profissionais pelo The IIA. Neste sentido, concluiu Garcia, “ter um auditor certificado é de suma importância para qualificar os trabalhos da Divisão, com vistas ao alinhamento às normas internacionais de auditoria”.
Desafios da certificação
Em 2020, o índice geral de aprovação no mundo, para obtenção do CIA, foi de 41%, segundo levantamento do The IIA.Na América do Norte, o número de profissionais certificados chega a 55 mil, enquanto no Brasil são menos de 300, conforme apuração do IIA – Brasil. Fatores como a escassez de bibliografia em língua portuguesa, especialmente em relação ao conteúdo das duas primeiras provas, e os problemas na qualidade da versão em português da prova são possíveis explicações para esse cenário. Apesar do tamanho dos desafios a superar, a certificação não é uma concessão permanente. A manutenção exige do auditor certificado constante atualização, comprovada por 40 horas de educação profissional continuada por ano, a partir do terceiro ano depois de concedida a designação.
Texto: Ascom Sefaz/ Cage