Em reunião com Banrisul, presidente da Assembleia encaminha venda da folha do Legislativo

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Deputado Marlon Santos (PDT) pretende concluir negociação em abril
Débora Ely – ZH

Em reunião que se estendeu por quase quatro horas nesta quinta-feira (15), o presidente da Assembleia, Marlon Santos (PDT), encaminhou com representantes do Banrisul a venda da folha do Legislativo. Foi o primeiro encontro entre o deputado e a direção do banco para sacramentar a negociação, que deve ser concluída em abril.

Ao parlamentar, o Banrisul comprometeu-se em encaminhar até a próxima quarta-feira (21) o cálculo do valor a ser pago à Assembleia pela folha de pagamento de seus servidores. Marlon evita mencionar números, mas, nos bastidores, comenta-se em quantia próxima a R$ 8 milhões.

— A Assembleia está indo atrás do seu próprio dinheiro para não depender do orçamento deficitário do governo do Estado — disse o presidente.

A inspiração veio do próprio Piratini. Em junho de 2016, o governo vendeu a folha do funcionalismo para o Banrisul por R$ 1,275 bilhão. Ao todo, cerca de 347 mil contas estão vinculadas ao Executivo gaúcho — no Legislativo, são 2 mil.

Ao diretor comercial de varejo do Banrisul, Osmar Paulo Vieceli, e ao superintendente executivo da instituição, Heitor Carlos Rossato, o parlamentar também apresentou a proposta de criar uma carteira de fornecedores. Trata-se de uma medida que concentraria em um único banco, mediante contrapartida, o pagamento de todos os prestadores de serviço da Casa. Em 2017, foram repassados R$ 47 milhões a 297 fornecedores da Casa.

A prioridade será o Banrisul. Porém, se outras instituições demonstrarem interesse, a Assembleia deve negociar. No primeiro contato, a direção do banco público mostrou-se interessada.

Segundo Marlon, as duas iniciativas poderia ser implantadas pela mesa diretora, sem necessidade de aprovação em plenário. Se der certo, o parlamentar quer convencer o Piratini a adotar a carteira de fornecedores para aliviar o colapso financeiro.


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