Governo admite inverter votações de reformas

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Planalto não desistiu de mexer na Previdência, afirma Imbassahy

 

O ministro da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy, afirmou que o governo admite votar a reforma tributária antes da que trata da Previdência Social. A inversão ocorreria porque seria possível fazer as mudanças no sistema de impostos e contribuições sem precisar alterar a Constituição e, portanto, com uma necessidade menor de apoio. A avaliação é que parte das mudanças poderia ser feito por lei complementar, o que exigiria 257 votos, enquanto que a reforma da Previdência é alteração na Constituição, exigindo 308 votos. Ele afirma ainda que as resistências a alterações relativas ao tributo gerariam menos resistência. “A tributária, então, pode passar à frente, enquanto que a Previdência podemos ter de fazer ainda alguns arranjos”, afirmou o ministro. “A tributária é uma reforma estruturante que é esperada, aguardada.

A reforma tributária todo mundo quer, enquanto que a Previdência tem partes que saem perdendo”, complementou. Imbassahy disse que uma eventual mudança na ordem não significa que o governo desistiria da alteração a Previdência. Ele ressaltou que o contingenciamento que o governo foi obrigado a fazer e o aumento de impostos mostram a necessidade da mudança nas aposentadorias e pensões. “A Previdência é ainda mais prioridade e os cortes agora, o contingenciamento que houve, isso é muito decorrente do rombo da Previdência. Ou fazemos a reforma previdenciária com o sistema instituído, com Congresso e Executivo funcionando normalmente ou vai ser feita na base do improviso, como ocorreu em muitos países”, disse o ministro, reiterando ser “inadiável” fazer a mudança na Previdência. Imbassahy retornou ao mandato de deputado para votar a favor do arquivamento do processo de investigação contra o presidente Michel Temer. –

Jornal do Comércio (http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2017/08/economia/577404-governo-admite-inverter-votacoes-de-votar-a-reforma-tributaria-antes-da-reforma-da-previdencia.html)

foto: EVARISTO SA/EVARISTO SA/AFP/JC


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