O governo do Estado anunciou, nesta quinta-feira (10), que depositará, entre o final da tarde e o início da noite, os salários de dezembro de funcionários do Executivo que ganham entre R$ 4 mil e R$ 8 mil. Com os depósitos, 92,3% do funcionalismo estarão com os vencimentos do mês passado quitados.
O ingresso de recursos de ICMS de combustíveis, energia elétrica e telecomunicações, que ocorre entre esta quinta e sexta-feira (11), viabiliza os depósitos. Ainda que o governo não faça novas previsões de pagamento, no próximo dia 12 ingressam recursos vultosos referentes a ICMS da indústria. Os recursos tradicionalmente viabilizam depósitos salariais. Para quitar os salários acima de R$ 8 mil, o governo precisará reunir mais R$ 337 milhões.
Receberam os salários de dezembro em dia apenas os servidores que ganham até R$ 2 mil. No dia 2 de janeiro, ocorreu o depósito seguinte, quitando os salários de quem ganha até R$ 3 mil. No dia 4, foi a vez do grupo que recebe até R$ 3,5 mil. Nessa quarta-feira (9), o governo pagou quem tem salários de até R$ 4 mil.
Histórico
Janeiro é o primeiro mês da gestão de Eduardo Leite, iniciada com o pagamento atrasado de salários do funcionalismo. É também o 37º mês de atrasos nos salários desde 2015 – quando o ex-governador José Ivo Sartori (MDB) começou a atrasar os vencimentos. Em 2015, foram dois meses com salários parcelados. Em 2016, 11 meses (de fevereiro a dezembro) e, em 2017 e 2018, houve atrasos em todos os meses.
Em setembro de 2017, o governo do Estado mudou a forma de efetuar os parcelamentos. Até então, o Piratini pagava parcelas iguais para todos os servidores, conforme a disponibilidade financeira. Com a mudança, diante dos recursos em caixa, o governo passou a fazer um escalonamento dos pagamentos: primeiro, deposita a integralidade dos vencimentos mais baixos e, à medida que ingressam recursos, a totalidade dos mais altos.