Com as votações dessa terça-feira na Assembleia Legislativa, a pauta em plenário está destrancada e os projetos pendentes que integram o pacote de ajuste fiscal do governo podem começar a ser analisados pelos deputados a partir da próxima terça-feira. Entre eles, a polêmica proposta de emenda constitucional (PEC) que acaba com a necessidade de realização de plebiscito para privatização da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), Companhia Riograndense de Mineração (CRM) e Sulgás.
Apesar do empenho do líder do governo, Gabriel Souza, e do reforço do novo chefe da Casa Civil, Fábio Branco, nas articulações, o Executivo não conta com os 33 votos necessários à aprovação da PEC. E mais: poderá enfrentar dificuldades na aprovação inclusive de projetos que dependem de quórum simples, ou seja, a maioria em plenário, desde que estejam presentes no mínimo 28 deputados, número necessário à abertura de sessão deliberativa. Nessa terça, em entrevista à Rádio Guaíba, Souza afirmou que não pretende levar para o segundo semestre a continuação da votação do pacote de medidas do governador José Ivo Sartori. “Nossa ideia é votar o quanto antes. Não temos no nosso cronograma a intenção de levar essas discussões para o segundo semestre”, enfatizou.
De acordo com Souza, a venda de empresas públicas do Estado poderá contribuir para aumentar o investimentos financeiro em áreas que o cidadão gaúcho mais necessita no momento. Por isso que ele, ao lado de outras figuras do núcleo do governo, estão trabalhando para convencer os deputados para aprovar a PEC que retira a necessidade da presença da consulta popular sobre privatizações.
Fonte: Taline Oppitz/CP