Governo estuda criar nova alíquota para o Imposto de Renda 

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Nova regra deverá valer para pessoas física com rendimentos mensais acima de R$ 20 mil, e tributo ficaria entre 30% e 35%

Por: Estadão Conteúdo

O governo federal planeja uma série de medidas tributárias para aumentar a arrecadação em 2018, como criar uma nova alíquota para o Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF), de 30% ou 35% para pessoas com rendimento acima de R$ 20 mil mensais, mexer na tributação da distribuição de lucros e dividendos e acabar com a isenção de algumas aplicações do mercado financeiro. Só na mudança no IRPF, o governo poderá garantir até R$ 4 bilhões a mais na arrecadação. O pacote de aumento de impostos que deve atingir principalmente os contribuintes com renda mais alta. As medidas têm potencial para reforçar o caixa em, pelo menos, R$ 35,5 bilhões, conforme o Estado de S.Paulo.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, evitou responder se o governo prepara um pacote de medidas tributárias para 2018 que afetaria principalmente os mais ricos. Ele se limitou a dizer que a equipe econômica está sempre pensando em novas soluções. “É uma usina de ideias”, disse Meirelles na noite desta segunda-feira (7) após participar de evento de premiação da revista Exame, em São Paulo.

O ministro reforçou que o que sempre tem dito sobre a divulgação de novas medidas econômicas.

— Assim que tivermos algo, vamos anunciar — declarou.

Simplificação tributária

A Receita Federal anunciou, nesta segunda-feira (7), quatro medidas de simplificação tributária em convênio com Estados e municípios. As iniciativas pretendem reduzir o tempo gasto por empresas com trâmites burocráticos e promover a integração entre sistemas da União e dos Estados e municípios. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que as medidas atacam problemas identificados por uma força-tarefa formada dentro da equipe econômica para pensar propostas que aumentem a produtividade do país.

As quatro medidas anunciadas pelo governo envolvem convênios para que os Estados acessem o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) do governo federal, a padronização da nota fiscal de serviços eletrônica (NFS-e), a facilitação do desembaraço de importações, com o “despacho sobre águas”, e o pagamento centralizado de tributos estaduais. Há, ainda, outras 10 medidas em estudo pela Receita Federal, que serão anunciadas futuramente.

*Estadão Conteúdo/ Zero Hora


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