Após reunião com representantes da Assembleia, Poder Judiciário e outros órgãos, governador admitiu, porém, que “haverá divergência em que grau” as medidas devem ser aplicadas
O governador Eduardo Leite saiu satisfeito da reunião com os chefes dos demais poderes e órgãos de Estado, no fim da manhã desta segunda-feira (14), após apresentar ao grupo as propostas de reformas de carreiras do funcionalismo e de Previdência. Depois de cerca de uma hora e meia a portas fechadas, Leite disse acreditar que houve compreensão dos chefes de poderes e órgãos sobre as propostas, acrescentando que as divergências serão sobre o grau de aplicação das mudanças.
— Então, houve compreensão, há compreensão da necessidade de fazer-se (reformas), haverá divergência em que grau cada um entende que deve ser feito — disse o governador.
O governador também afirmou que a principal preocupação trazida pelo demais chefes de poderes, durante o encontro, diz respeito à transição das atuais regras para as futuras.
— Há preocupações sobre prazos de transição, como se opera isso. Eu tenho dito, as transições cobram preço. Toda transição que vai ser gradual terá um preço a pagar. A sociedade paga a conta como um todo — disse Leite.
A propostas que o governo prepara para envio ao Legislativo impactam tanto servidores do Executivo quanto os que trabalham nos demais poderes e órgãos, como Tribunal de Justiça, Ministério Público, Assembleia Legislativa, Defensoria Pública e Tribunal de Contas do Estado (TCE). Todos eles foram representados no encontro desta segunda-feira.
As mudanças desejadas pelo governo do Estado acabam com vantagens por tempo de serviço, acabam com incorporações de benefícios para aposentadoria e aumentam contribuições previdenciárias, entre outros fatores.
Na tarde desta segunda-feira, o governador fará a última rodada de apresentação das propostas a uma série de sindicatos. Ainda nesta segunda, Leite enviará a todos os envolvidos a lista de propostas das reformas, para que todos possam se manifestar formalmente antes do envio dos textos à Assembleia. O governo pretende enviar as reformas até o fim do mês e projeta que sejam votadas até o fim do ano.
Fonte: Zero Hora