Governadores esperavam contar com o apoio do TCU na realização dos cálculos e na determinação do pagamento
A conclusão de técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) a favor da União sobre os repasses da Lei Kandir é mais um capítulo da briga dos Estados com o governo federal. Mesmo assim, chegou como um balde de água fria para os governadores que alimentavam a expectativa de ter o apoio do TCU na realização dos cálculos e na determinação do pagamento. Afinal, qualquer integrante da equipe econômica que for questionado sobre esse assunto dirá que os Estados vivem uma ilusão, porque também o governo federal trabalha com um déficit monstruoso. Esse, no entanto, não é um assunto só técnico, é também político. Os ministros do TCU ainda precisam analisar o assunto em plenário e o Congresso votará a regulamentação da compensação aos Estados exportadores. Até lá, há espaço para negociação e pressão para que a turma do ministro Paulo Guedes aceite um meio termo. No grupo do pires na mão, o Rio Grande do Sul não está sozinho.
Na estreia
Prefeitos afiançaram ao ministro Paulo Guedes (Economia) total apoio à reforma da Previdência, desde que a mudança de regras também englobe os municípios. O presidente da Confederação Nacional de Municípios, Glademir Aroldi, levou ao ministério demandas de curto prazo, mas lembrou que os prefeitos precisam aproveitar essa reforma para mudar também as regras das aposentadorias para os servidores municipais.
Troca no Dnit
O comando da superintendência do Dnit no Estado vai mudar. O atual superintendente, Allan Magalhães Machado, está de malas prontas para Brasília, atendendo a um convite do diretor do departamento, general Antônio Leite dos Santos Filho. Um técnico do quadro deverá substituí-lo. As prioridades são a conclusão da nova ponte do Guaíba, para inauguração até o final do ano, e a BR-116. A troca ainda não foi oficializada porque a Casa Civil cancelou exonerações e nomeações nos Estados.
Novos tempos?
Na bancada gaúcha, o comentário é que o novo superintendente do Dnit deverá ser um apadrinhado do ministro do TCU Augusto Nardes. O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, no entanto, já disse à coluna que não aceitaria indicações políticas para essas vagas ligadas à pasta.
Fonte: Zero Hora
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