Para economista, redução de impostos pode alavancar Reforma da Previdência

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Professor de economia da Unibave analisa resultados de uma possível redução de impostos

O Governo Federal convive neste momento com o famoso “cobertor curto”. Enquanto tenta conciliar estratégias para reduzir impostos e baixar o valor dos combustíveis, também estuda métodos para, se isto acontecer, cobrir o rombo gerado pela medida.

Nesta quarta-feira, dia 24, o presidente Michel Temer pediu para os caminhoneiros “uma trégua” e falou em “busca por uma solução satisfatória”. “Desde domingo estamos trabalhando nesse tema para dar tranquilidade não só ao brasileiro, que não quer ver paralisado o abastecimento, e tentando encontrar uma solução que facilite a vida dos caminhoneiros”, ponderou o presidente.

O professor de economia da Unibave, Ênio Coan, explica que a redução no valor do combustível pode gerar uma série de implicações, como aumento de imposto em outras áreas e até mesmo acalorar a discussão da Reforma da Previdência e da privatização de estatais. “O combustível é o estopim de uma crise que se estende para o setor da agricultura, do transporte e empresarial porque a carga tributária está alta. É uma situação dramática”, afirma o professor.

Para o economista, a subida no preço do combustível é uma tentativa da Petrobras em recuperar os lucros perdidos nos últimos anos. E este processo, caso seja protelado com uma redução de preço, deverá ser subsidiado pelo Governo Federal. “A Petrobras funciona independente da política, apesar de ser uma empresa estatal. Tem como baixar (o preço), mas o governo vai ter que subsidiar parte do lucro perdido se isso acontecer”, explica Coan, que cita a subida no preço do dólar e do barril de petróleo como variável internacional que influencia diretamente no preço do combustível brasileiro.

Enquanto o Governo Federal não anuncia uma medida eficiente para colocar fim à greve, caminhoneiros e agricultores seguem se manifestado em todo o país. No Sul catarinense, dez pontos de protestos seguem abertos na BR-101: três em Imbituba, dois em Araranguá, e um nas cidades de Tubarão, Jaguaruna, Içara, Sombrio e Santa Rosa do Sul.

Fonte: Engeplus


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