Oficiais militares estaduais, auditores fiscais, defensores públicos, promotores e delegados assinaram documento conjunto solicitando audiência com o governador do Estado. O objetivo é apresentar um conjunto de medidas tendentes a ampliar as receitas públicas a fim de que se restabeleça o pagamento integral dos servidores e militares no último dia útil do mês. Postura responsável, contributiva de profissionais que conhecem a fundo a gestão do Estado estão na pauta para o encontro com o governador.
A expectativa é que, após a reunião, o governo ponha em prática as medidas que serão sugeridas ou que venha a público e justifique porque não as empregou. Temos mantido reuniões regulares com encaminhamentos que serão dados a conhecer de acordo com a articulação estratégica da entidade em conjunto com as demais. O que não se admite é sequer perdure o parcelamento, quanto mais a união de duas folhas de pagamento, conforme vem sendo sugerido pelo governo. Ademais algumas explicações se impõem de imediato, passados 22 meses de atrasos, parcelamento de salários e fracionamento do 13º salário. Primeiro, o atraso de servidores do Executivo e os fornecedores em dia. Segundo, depósitos judiciais disponíveis para saque, deixados de lado para “momento de contingenciamento maior”. Terceiro, descumprimento de decisões judiciais que determinam o pagamento dos salários, em contraste com recursos que interpõe o Estado, meramente postergatórios, esgotando todas as instâncias judiciais, evitando com isso a imediata cessação desta violação da dignidade da pessoa humana.
Assim, à mercê da reunião desses esforços e energias, uma vez mais se busca cumprir com inteligência estratégica e prontidão, preservando as prerrogativas das categorias em perfeita sintonia com os elevados interesses do cidadão do Rio Grande.
Marcelo Gomes Frota – Presidente da Associação dos Oficiais da Brigada.
Fonte: Jornal do Comércio