Vice-líder do governo defende deixar reforma da Previdência para 2019 caso votação não ocorra em fevereiro

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Em entrevista ao “Estúdio Gaúcha”, deputado Beto Mansur (PRB-SP) disse ver margem pequena para mudanças no projeto atual

Depois de o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Moreira Franco, comemorar a queda na rejeição da reforma da Previdência, o vice-líder do governo na Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), reconheceu que o Planalto segue buscando votos para poder aprovar a proposta. Em entrevista do programa Estúdio Gaúcha, nesta terça-feira (30), o deputado federal defendeu que, caso não seja possível votar a PEC em fevereiro, a reforma deve ficar para 2019.

– A gente tem que ter um calendário: começa a discutir no dia 6 de fevereiro e vota no dia 20. Não deu certo? Vamos tirar isso da pauta. Deixa para o próximo presidente da República resolver porque essa história de votar (a reforma) depois da eleição, em novembro, é estelionato eleitoral – disse Mansur, em caso de possível insucesso na articulação do Planalto.

Para aprovar as mudanças nas regras da aposentadoria, o governo precisa de 308 votos em dois turnos no plenário da Câmara. De acordo com o vice-líder, cerca de 267 parlamentares eram favoráveis à reforma da Previdência em dezembro. Agora, a expectativa é de que o número seja maior. Mansur citou a liberação de emendas parlamentares a deputados como um dos fatores que pode contribuir para a melhora do placar.

– Não é fácil explicar reforma da Previdência em qualquer lugar do mundo – pondera Mansur. – No mínimo, temos que ter 315, 320 deputados e deputadas favoráveis à reforma pra que a gente possa colocar isso em pauta e votar definitivamente.

Ouça, na íntegra, a entrevista do deputado ao Estúdio Gaúcha, apresentado por Marcelo De Bona e produzido por Bruno Pancot e Kathlyn Moreira:

A versão da reforma da Previdência que poderá ser votada em fevereiro mantém três pontos considerados fundamentais pelo Planalto: idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres, prazo de transição e tempo mínimo de contribuição.

– Acho muito difícil que se mexa em alguma coisa além daquilo que vai ser apresentado (no plenário da Câmara) – disse Mansur, ressaltando que quase não há margem para negociar mudanças na proposta.

O vice-líder do governo diz que a intenção é votar a reforma em 20 de fevereiro no plenário da Câmara. Nesta terça-feira, Mansur participou de uma reunião na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para discutir a articulação em favor da reforma.

Fonte: GaúchaZH

Foto: José Cruz / Agência Brasil


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