Adelino Soares
13/07/2016
Artigo escrito pelo auditor-fiscal aposentado Adelino Soares e publicado no Jornal do Comércio do dia 1° de julho de 2016.
O governo gaúcho tem premente necessidade e dever de diminuir seus gastos, inclusive com o quadro de pessoal, mas não vinculando os vencimentos deste apenas à inflação e em índice igual para todas as categorias. Isso é precipitado, empírico, insensato, inadmissível e injusto, porquanto todos sabemos que algumas merecem ver sua remuneração mais adequada, que a economia vai recuperar-se e que desde já há vários meios de aumentar a arrecadação, sem majorar a carga tributária. Basta citar a venda de estatais e de imóveis sem uso, reajuste de aluguéis, maior eficiência na cobrança da dívida ativa, ampliar a insuficiente fiscalização dos impostos, que ainda reduziria a perniciosa concorrência desleal.
Assim também a rodoviária e a sanitária que, além das multas aplicadas, protegeriam a população do vergonhoso índice de acidentes e das reiteradas anomalias quanto aos produtos que consome (leite e derivados, carnes, água mineral, verduras com agrotóxicos proibidos ou em exagero etc.). A atual administração, vista como muito lenta, pode melhorar sua imagem e os serviços que presta, através do instituto da “readaptação” e subsequente remanejamento de funcionários, que sobram em alguns setores e escasseiam noutros e, com o incremento daquelas receitas, admitir novos, nas áreas da segurança e da saúde públicas, face à calamitosa e precária situação a que chegaram