Montante, de acordo com o Dieese, representa cerca de 3% do PIB estadual
Um levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontou que o pagamento do 13º salário irá injetar R$ 13,9 bilhões na economia do Rio Grande do Sul até dezembro de 2019. O montante representa cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual.
Conforme a estimativa do instituto, 5,5 milhões de pessoas terão ao acesso ao benefício no Estado — o correspondente a 6,5% do total do país. A maior parte de indivíduos que receberão a benesse é composta por empregados do mercado formal, cuja parcela representa 54,8% do total. Os outros 45,2% são pensionistas e aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Quanto à distribuição por segmento, assalariados do setor público e privado receberão R$ 8,9 bilhões (63,9%) e beneficiários do INSS R$ 3,3 bilhões (24%). Aposentados e pensionistas do Estado que pertencem ao Regime Próprio serão beneficiados com, ao todo, R$ 1,2 bilhão (9%), enquanto os de Municípios receberão R$ 309,1 milhões (2,2%). Aos empregados domésticos, caberão R$ 134,1 milhões (1%).
Sem incluir o setor público na conta, o Rio Grande do Sul tem um valor médio para rendimento de R$ 2.244,03.
Em se tratando da estimativa setorial, assalariados gaúchos lotados no setor de serviços — incluindo administração pública — terão direito à maior parcela do montante, com 59,7% do total destinado ao mercado formal. Empregados da indústria receberão 21,5%, comerciários 14,4% e construção civil 2,5%. O setor que menos terá beneficiados será o da agropecuária, o qual representa uma parcela de 1,9% trabalhadores.
R$ 214,6 bilhões na economia do país
Para além dos dados no Rio Grande do Sul, o Dieese estimou que o pagamento do 13º salário vai injetar R$ 214 bilhões na economia brasileira — um montante que representa aproximadamente 3% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Ao todo, cerca de 81 milhões de brasileiros serão beneficiados.
A parcela mais expressiva dos beneficiários deve ficar na região Sudeste, com 49,2%. O sul receberá 16,7%, e o Nordeste 15,5%. Para regiões Centro-Oeste e Norte irão 9% e 4,7%, respectivamente. O maior valor médio para o 13º deve ser pago no Distrito Federal (R$ 4.558) e os menores, no Maranhão e Piauí (R$ 1.651 e R$ 1.647, respectivamente). Essas médias, porém, não incluem o pessoal aposentado pelo Regime Próprio dos Estados e dos municípios.
O número de trabalhadores do mercado formal de trabalho que receberá o benefício cresceu cerca de 1% em relação ao ano anterior. O valor aumentou aproximadamente 5%, com um acréscimo de R$ 418 milhões. Uma eventual comparação com o valor total de 2018 e 2019 não pode ser realizada, uma vez que houve alteração na apresentação dos dados pela Previdência Social.
Seguindo a mesma tendência já apresentada pelos dados do Rio Grande do Sul, a maior parte dos beneficiados são trabalhadores no mercado formal — 49 milhões de pessoas, cerca de 61% do total. Destes, empregados domésticos com carteira assinada somam 1,8 milhão, equivalendo a 2,2% dos beneficiários. O restante destina-se a assalariados do setor público e privado.
Aposentados ou pensionistas representam aproximadamente 31,5milhões de pessoas beneficiadas. 37,7% pertencem ao Regime Geral do INSS e 1,4% ao Regime Próprio da União. A parcela responsável pelo Regime Próprio dos Estados e dos Municípios não pode ser quantificado.
No recorte por setores do mercado formal, a maior parte do montante a ser distribuído caberá aos ocupados no setor de serviços, que ficarão com 64,5% do total. Em seguida, ficam os empregados da indústria (17,1%), comerciários (13,2%) e construção civil (3,1%). 2% dos benefícios serão concedidos aos trabalhadores da agropecuária.
Ainda de acordo com a entidade, em termos médios, o valor do 13º salário do setor formal corresponde a R$ 3.053,21. Maior média será paga a empregados do setor de serviços e corresponde a R$ 3.491,39. Já o menor valor ficará com os trabalhadores da agropecuária, de R$ 1.859,98.
Fonte: Zero Hora