As opiniões aqui expressas são de inteira responsabilidade dos autores, não refletindo o posicionamento da Entidade.
Por Fernando de Carvalho Verni, associado da AFISVEC
O socialismo está próximo de completar 200 anos. Como um morto vivo ele se nega a morrer. Aplicado em diversos países apenas gerou miséria e ausência de liberdade. Em sua tentativa de redenção dos pobres apenas conseguiu gerar mais destes, tendo então falhado miseravelmente em seus objetivos. Mas para quem acompanha e aprecia a história da política econômica esse fracasso já era previsto há um século. Em 1921, em um antológico artigo, Ludwig Von Mises, pai da Escola Austríaca de Economia, já previa a falência do socialismo, devido a impossibilidade do cálculo econômico no mesmo. Entidades centralizadoras como o “Estado” acabam inevitavelmente interferindo nos preços. Essa interferência vai depender do tipo de governo de plantão. Governos de perfis econômicos liberais tendem a interferir menos que governos mais centralizadores, como os de esquerda. O que importa notar é que independentemente da magnitude dessa interferência, mas em razão dela, a demanda agregada real do sociedade fica oculta. Então começa a ficar difícil para os agentes econômicos alocar seus recursos eficientemente de modo a maximizar o crescimento econômico, pois afinal a demanda real está oculta. Essa alocação de recursos vai ficando cada vez mais difícil na medida que o governo for mais centralizador. Ela se torna impossível no comunismo, visto não haver sistemas de preços nesse regime político. Von Mises, um dos intelectuais mais brilhantes do século XX, previu também que demandaria tempo até o colapso do socialismo. A razão disso é que no momento que os socialistas tomaram o poder na atual Rússia existia um capital nessa nação. Com o passar dos anos os socialistas foram depredando esse capital. Esse processo predatório durou 72 anos, terminando em 1989 com a queda do muro de Berlim, quando literalmente o capital acabou. Como declarou a ex-primeira ministra da Inglaterra, Margaret Thatcher, ” o socialismo acaba quando termina o dinheiro dos outros”. Então está mais que na hora da sociedade enterrar de vez o socialismo, esse sistema político carcomido e que exala um odor pútrido.
Fernando de Carvalho Verni
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